Ouvi uma história bem bonita sobre os porcos-espinho. Não sei se há verdade “biológica” mas é uma boa metáfora. No começo da Era Glacial, os animais começaram a dormir e andar em bandos para se aquecer. Os porcos-espinho também fizeram a mesma coisa mas enfrentaram um problema que os outros animais não tinham: ao se tocarem, também se feriam. Isso os afastou por um tempo. Logo, muitos deles começaram a morrer de frio. Os que sobreviveram tiveram a ideia de se juntarem novamente para se aquecer. Sim, eles continuavam se espetando mas aquilo era insignificante diante do bem-estar e do calor que vinham do fato de estarem juntos.
Pensando em nós, humanos, é mais ou menos a mesma coisa. Às vezes, estar junto pode machucar. Mas quem consegue viver sozinho? Solidão pode matar… E não estou falando apenas de laços afetivos amorosos, com quem a gente escolhe para compartilhar a vida. Mas de família, de amigos, de todo mundo que está perto e um dia pode ferir. Quando isso acontecer, lembre-se do calor, do aconchego, da vida. Não é que isso torna as coisas “fáceis de aguentar”. É muito melhor que isso: é assim que a gente aprende a viver.
Hoje é dia de trabalho, correria e cansaço. Mas também é dia de viver, de sorrir e de abraçar. Não se esqueça disso!