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Você é o que você veste

 

 

A menina linda aí em cima é a Karla. Ela adora vintage, como se pode ver, e tem muito talento pra misturar peças novas e clássicas. Sempre visito o blog dela. O motivo dessa foto estar aí é, obviamente, o casaco de pele.

Embora seja vintage e tenha sido adquirido num brechó, usar um casaco de pele é afirmar que, novo ou velho, você acha que é bonito. Muita gente adora casaco de pele e justifica a beleza de uma peça vintage dizendo que vale satisfazer um gosto com uma peça antiga e que nenhum animal foi morto por aquilo recentemente. Eu também achava que devíamos honrar o boizinho que morreu pra virar aquela bolsa linda que tá lá no brechó e que eu me sentia justificada em comprar.

Tá, é verdade que a morte não aconteceu ontem. Mas usar um casaco de pele, independentemente de quando esse animal foi morto, é aceitar que animais podem morrer pelo seu “direito” à beleza. E se o casaco foi usado 10, 100 ou mil vezes, ou tem 20, 30 ou 50 anos, pergunto:  isso faz alguma diferença em considerar a brutalidade da cena?

Então, se você acha chique usar um animal morto sobre o corpo, ótimo! Vá lá e compre seu casaco vintage. Mas se você odeia a ideia que um animal foi caçado ou criado para ser assassinado e ter sua pele removida, tanto faz se foi há 100 anos ou 1 mês, não use. Isso é declarar uma posição, é assumir o controle sobre suas decisões e saber usar a cabeça ao invés de simplesmente achar bonito e chique só porque tem um monte de editores de moda dizendo que é bonito e sempre será.

Karla, desculpe-me, mas não concordo com isso. Continuo achando que você é linda e se veste maravilhosamente bem e que podia ter ficado sem esse casaco. Exatamente o caso da foto abaixo, do Sartorialist. Dos quase 200 comentários, apenas alguns poucos se manifestaram contra a pele e foram tachados de exagerados, eco-chatos, eco-terroristas, imbecis ou simplesmente cafonas. Todo o resto elogiou dizendo como é lindo, como é chique, pode porque é vintage ou pode porque é bonito mesmo e dane-se!

 

 

Você está de que lado?

 

Camiseta + colar de tecido

Taí uma ótima ideia pra mudar a cara de uma simples regatinha branca: colarzão de tecido! Fácil de fazer, escolha uma das cores flúo da moda verão ou fique com o eternamente chique preto.

 

Esses dois são palas de renda bordada. Compre a pala pronta ou borde com miçangas, canutinhos e vidrilhos, prenda um pedaço de corrente em cada ponta e um fecho de bijuteria atrás e tá pronto! Tem muita pala de renda bonita aqui.

Botões encapados de tecido tb funcionam. O truque aqui é desenhar um colar com tecido e entretela e ir fixando os botões em cima. Você também pode usar botões de metal ou combinar todas as sobras de botão que você tem em casa! Reciclagem já!

Chatons combinam com glamour. De um único tamanho (grande) ou de vários formatos, borde-os sobre uma base de tecido.

Uma coisa assim meio cacique, praticamente uma gola de penas com acabamento em miçangas no decote. Pra quem quiser arrasar de verdade!

 Use com shortinhos jeans e sandália rasteira com pedras ou tipo gladiadora e tá pronta!

 Todas as fotos são do site Chic

Para Crianças de Todas as Idades

Um livro é um presente para sempre. Desde criança, meu presente preferido foram os livros. E agora, que trabalho com livros, continuo tendo mais livros do que tempo para lê-los. Enfim, entrar cedo no mundo dos livros é uma delícia e um privilégio: abre portas de universos maiores que a vida, nos apresenta coisas, pessoas, bichos que nunca conheceríamos e desperta o gosto e a aceitação pelo novo. Aqui estão sugestões de livros lindos pra todas as crianças, não importa a idade que tenham, todos da CosacNaify. A faixa etária recomendada é de 3 a 9 anos.

Vencedor dos principais prêmios internacionais de literatura infantil e de ilustração, Estava escuro e estranhamente calmo rendeu ao estreante Einar Turkowski um lugar de destaque entre os grandes autores contemporâneos. Disponível em alemão, francês e espanhol, a Cosac Naify traz agora aos leitores brasileiros esta intrigante obra.

Um homem misterioso desembarca em uma ilha e muda a pacata rotina dos que ali vivem. Habita uma casa abandonada onde, suspeitosamente, todas as manhãs surgem peixes pendurados de cabeça para baixo, peixes que os vizinhos também gostariam de ter. Desconfiados, e com uma pontinha de inveja, logo se ocupam em desvendar o segredo por trás daquela figura fascinante.

Fascinante também são as ilustrações de Turkowski. O traço fino dá conta de todos os detalhes do universo surrealista da história. Como nos bons contos de ficção científica, tudo é recriado: o binóculo se transforma em uma potente máquina para enxergar à distância, o sistema de roldanas é altamente complexo, os personagens usam um óculos estranho… O leitor pode passar horas apenas contemplando os detalhes do minucioso e preciso traço de turkowski, que não polpa na capacidade de ser inventivo.

As ilustrações convidam o leitor a juntar-se ao artista em seu mundo original, poético e mágico. seus hábeis desenhos em preto-e-branco irradiam humor, emoção, inteligência e… cor.

O texto não deixa por menos: a envolvente trama, carregada de suspense, transita entre a ciência imaginária e o nonsense, e ainda abre espaço para discutir um assunto bem real: o impacto de uma grande descoberta entre os habitantes de uma vila tranqüila. Mais do que isso, o livro trata da essência das relações humanas e da predisposição em julgar o incomum.

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É difícil imaginar o guarda-roupa de uma mulher sem um pretinho básico, um cardigã (famoso casaco aberto na frente) e outras peças práticas e usuais. Mas nem sempre foi assim. Na época de Coco Chanel, primeira metade do século XX, para uma mulher estar na moda precisava de luxo, pompa e espartilhos. Sorte nossa que chanel resolveu ser diferente.

Diferente como Chanel conta a história de uma mulher a frente de seu tempo. Escrito pela norte-americana Elizabeth Matthews, foi enriquecido pela tradução de Clô Orozco. Chega às livrarias no momento em que a estilista ganha as telas do cinema europeu, com o filme Coco avant Chanel (Coco antes de Chanel), dirigido pela francesa Anne Fontaine e com a atriz Audrey Tatou no papel principal.

Nesta biografia ilustrada, acompanhamos a trajetória de uma das maiores figuras do século XX, da infância pobre no orfanato – quando fazia roupinhas para bonecas com retalhos – ao emprego em uma alfaiataria e a abertura de sua primeira loja, financiada por um jovem aristocrata apaixonado. Perspicaz, aproveitou o momento da primeira guerra, quando, na ausência dos maridos, muitas mulheres tiveram que trabalhar, para disseminar peças modernas e confortáveis e, se o colapso da indústria têxtil foi responsável pelo fechamento de diversas lojas em paris, para Chanel representou a oportunidade de adquirir grandes quantidades de tecido a baixo custo. Reconhecida mundialmente, ganhou até um perfume em sua homenagem, o Chanel no 5, na época o frasco mais caro que se podia comprar.

Transgressora, Chanel causou polêmica, foi criticada e contestada por Paul Poiret, o grande nome da moda francesa na Belle Époque, mas elogiada e aclamada por Pablo Picasso, artista ousado como ela. No auge do sucesso, vestiu grandes estrelas, como Katharine Hepburn, Grace Kelly, Elizabeth Taylor e Gloria Swanson.

Para criar as graciosas ilustrações, Matthews utilizou caneta e aquarelas. O resultado foi uma personagem quase caricatural, de silhueta esbelta e o inseparável colar de pérolas com a tesoura pendurada no pescoço, “sempre pronta para cortar qualquer detalhe fora de lugar”.

Ao final, o leitor encontra uma cronologia com os principais episódios da vida de Chanel, uma bibliografia básica, inclusive com livros traduzidos para o português, foto da estilista e desenhos do poeta Jean Cocteau e do caricaturista Sem.

Um livro cheio de estilo, para não sair de moda, como Chanel.

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Balanço é um poema na mais delicada linguagem oriental. No parque de uma grande cidade, brincando em um balanço, um garoto observa o anoitecer, e declama uma poesia urbana sobre a noite que se debruça sobre os prédios. “Como um pêndulo azul azul”, acompanhamos o assobio da brisa, o mergulho nas nuvens, a proximidade da escuridão, o perfume do vento, as pegadas deixadas no céu. De leitura vertical, o recurso gráfico foi cuidadosamente pensado para que o movimento das páginas pudesse se confundir ao do balanço, provocando no leitor a sensação de mover-se junto com o garoto no tempo e no espaço. Balanço proporciona uma experiência sensorial da passagem do tempo, do fim da tarde ao início da noite, quando as primeiras luzes da rua se acendem e surgem algumas estrelas solitárias. Guiados por esta gradação, os tons de azul se acentuam em direção ao anoitecer. As ilustrações – de perspectiva aérea e traços leves – se alternam em diferentes ângulos, ganhando ritmo. Um poema lírico vestido com a mais fina estampa.

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Para dançar balé não basta saber os movimentos de cor e salteado. É preciso se apaixonar pela história, e vivê-la na ponta dos pés. A crítica e bailarina Inês Bogéa reconta cinco das principais coreografias do repertório de todas as companhias de dança clássica: A Menina Mal Olhada, Giselle, Coppélia, O Lago dos Cisnes e Petrouchka. O livro traz um palco de palavras, em cativantes narrativas. Notas laterais recuperam a origem dessas histórias – curiosidades sobre as primeiras apresentações nas cortes, os músicos que se debruçaram para criar as melodias e artistas que revolucionaram a dança, no Brasil e no exterior. As mais de setenta imagens de grandes montagens também narram, de forma visual, a trajetória desta arte. No apêndice, informações precisas sobre a evolução da dança e de elementos como o tutu e a sapatilha, além de mini-biografias de dançarinos importantes. Para ficar na ponta da língua de todos aqueles que apreciam um bom espetáculo.

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A história de um nariz com problemas só poderia ser contada de uma maneira: “entupido”. Esta é a grande sacada de Olivier Douzou em O Dariz. Quando se está entupido, não há outra coisa a fazer a não ser assoar. Assim começa a jornada do nariz protagonista à procura do grande lenço branco.

Inspirado no famoso conto homônimo do escritor russo Nikolai Gógol, também publicado pela CosacNaify – no qual o nariz de um assessor colegiado abandona seu posto e sai pela cidade de São Petersburgo passando-se por um conselheiro de estado – , o nariz de Douzou vive os momentos que antecedem esta clássica narrativa.

Como se a situação já não fosse suficientemente absurda, juntam-se ao nariz de homem um botão (que pensa ser nariz), uma tromba de elefante que bebeu muita água, um nariz de palhaço que não consegue mais contar piadas, um nariz de porco entupido de lama, um bico de pato e um focinho de cachorro, que desconhecia a causa do entupimento.

O humor, sempre presente nos textos inteligentes de Douzou, é o ponto alto deste O Dariz: um dos grandes méritos do livro está na utilização de desvios de grafia para simular a pronúncia típica de alguém resfriado. As ilustrações, marcadas pela simplicidade dos traços, são engraçadas como o texto: o nariz de homem é retratado com um chapeuzinho na cabeça enquanto o binóguio carrega um suporte de marionete.

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a menina encontra o mar,

e com ele se espanta.

põe-se a gritar com as ondas,

o mar furioso se levanta.

entre andorinhas e água salgada

ela ensaia a sua dança.

o mar, com sua vida de mar,

vai e vem e não se cansa.

a onda chicoteia no ar,

deixa estrelas de lembrança.

nasce uma grande amizade

entre a onda e a criança.

Sem palavras. Assim é contada a história em onda, livro-imagem da jovem coreana Suzy Lee. Premiadíssimo, campeão de vendas e traduzido para diversos idiomas, universal como o mar, as imagens relatam o primeiro encontro da menina com o oceano. Ela corre para a beirada da praia. logo, algumas gaivotas se aproximam e a observam, como fiéis escudeiras. No início, ele chega de mansinho. Temendo o desconhecido, a menina recua. Depois, põe-se a provocá-lo. E então, a menina e a onda dividem os sustos e a admiração deste encontro. Dividem, também, o livro horizontal. Até que em um momento, essa fronteira se dilui… e o mar deixa um lindo presente para ela.

Com poucos traços a carvão, Lee ilustrou em azul, preto e branco o ruído das águas, o bater de asas das gaivotas, o vento que balança o vestido da criança e a conversa silenciosa que se estabelece ao longo da narrativa.

Lições Básicas de Fotografia para Blogs e para a vida – ESTILO

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Primeira pergunta que você deve se fazer antes de começar a fotografar: quem sou eu? Segunda pergunta: qual é o meu estilo? Depois de respondidas, olhe para o equipamento que você tem. Leia o manual (é chato, eu sei), conheça sua máquina, pesquise, teste, tire muuuitas fotos. Explore todas as possibilidades. Avançando um pouco mais, experimente um programa de edição de imagens. Se não puder comprar, use um on line, como o Picnik.

Tirando muuuitas fotos, você vai aprender a posicionar seu corpo no melhor ângulo, fazer a melhor cara, olhar do melhor jeito. A seguir, apresento algumas dicas, mas lembre-se: vale tudo desde que se respeite o seu estilo e quem você é.

  • Sorria! No começo, pode até parecer ridículo sorrir sozinha para uma máquina. Mas, acredite, um sorriso muda o olhar, a expressão e o rosto todo se ilumina. Não precisa ser um sorriso escandaloso, basta uma pequena intenção. E sua foto vai ficar mais bonita.
  • Carão! Se você se sentir mais ousada, tente fazer um ‘carão’: pense na Rachel Zimmerman ou em qualquer outra top, posando pra uma Vogue da vida e pronto! É o poder!
  • Postura! Barriga pra dentro e peito pra fora serve pra vida toda, não só na hora da foto. Mesmo na famosa pose de arqueando-as-costas-e-colocando-as-mãos-na-cintura há uma certa técnica e a coluna tem que voltar pro lugar.
  • Ângulo! De baixo pra cima, nunca! Coloque a câmera pelo menos na altura dos seus ombros. E de cima pra baixo vai parecer que sua cabeça cresceu! A altura deve variar entre os ombros e a cintura, nem mais pra cima, nem mais pra baixo.
  • Dance! Colocar uma música facilita muito e ajuda a desinibir. Imagine-se dançando e faça poses. Solte-se, mesmo se essas fotos não forem pro ar, vão te ensinar muito sobre sua imagem e seu corpo.
  • Aumente! Publique fotos grandes, para que seus leitores vejam detalhes. Fique perto da câmera, o suficiente para vermos sua expressão facial.
  • Divirta-se! Acima de tudo, tem que ser divertido, senão serve pra quê? Nada de stress, hein?

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BOAS FOTOS!

 

Todas as fotos são daqui.

 

Talento, Criatividade e Trabalho: Nasce um Estilista!

Cada vez que vejo alguma coisa que me tira do sério eu faço questão de falar. Quando vejo alguém que trabalha, sonha alto com os pés no chão, é humilde e cheio de energia pra concretizar suas metas, me animo com moda e criatividade.

 

Quem ainda não conhece o Verson, tem que correr no blog dele já! Além de ter um talento incrível pra escrever e fazer a gente morrer de rir gongando os “famosos” e seus figurinos bizarros, o moço sabe criar e costurar!

Esta semana, ele lançou sua mini-coleção de fim de ano, com saias, bolsas e blusas. As peças são feitas caprichosamente uma a uma, alta-costura mesmo, com o capricho que quem já tem um nome a zelar.

Tudo bem que ele começa a faculdade de moda ano que vem, mas vamos combinar que você nasceu quase pronto, né, Verson? O mais importante você já tem: o dom e o talento. A faculdade é pra te ensinar técnica e outras coisinhas que a gente aprende na convivência e com a experiência.

 

Olho nele!

Pra ver o lookbook, clica aqui! Pra comprar as peças lindas, clica aqui!

 

Faça e Use: Cintinho de Corrente

 

 

Correntes! Além de terem aparecido aqui nos desfiles de verão, apareceram também lá no hemisfério norte nos desfiles de inverno. O brilho do dourado é atual e chique, conversa com as bolsinhas estilo chanel com alças de corrente e marca a cinturinha nos vestidos leves de verão. Fazer seu próprio cintinho de corrente é muito fácil!

Você vai precisar de fita de cetim ou gorgurão fininha, uma corrente grossa, linha e agulha. Marque na sua cintura quantos centímetros você vai usar pra dar uma volta (ou duas) e ainda um tanto de fita para fazer um laço. Corte esse pedaço e comece a passar pelos elos da corrente, por cima e por baixo.

 

 

Você vai ter que calcular quanto quer deixar logo no começo porque depois a fita não vai poder ser “arrastada” pela corrente, entende? Não dá pra puxar no final o que falta! Então, logo no primeiro elo da corrente, já deixe o comprimento certo sobrando e vá passando a fita até o outro lado. Corte um pedaço mais ou menos 30% maior do que você acha que vai precisar (ex.: se acha que 1 metro dá, corte 1 metro e 30 centímetros).

 

 

Passada toda a fita, arrume a corrente bem bonitinha, certificando-se que nenhum elo ficou torto ou virado. A fita também não pode ficar virada. Em cada ponta, dê vários pontinhos para a fita não escapar mais. Use uma agulha fina e linha da mesma cor da fita.

 

 

Pronto! Agora é só usar sua obra de arte! Pode ser cinto, colar, pode até virar pulsiera ou enfeite de cabeça.

 

 

O bonito da corrente é que ela conversa com tachinhas e tendência fluo (usar uma fita fluo com corrente dourada fica lindo), que são tendências marcantes do verão.

 

 

Belezinhas da Farm